quarta-feira, 28 de novembro de 2007

(des)aparecer

Estou mal disposto. E não é por acordar cedo, porque são dez e meia. A verdade é que dormi mal, e depois de tudo o que aconteceu recentemente... já não sei bem o que fazer ou não fazer. Começo a pensar que nada bate certo. Há qualquer coisa de errado! Será uma energia negativa que vai desaparecer? Sinceramente não sei, e começo a pensar se realmente quero saber. Estou cansado. Sim, é isso. Doi-me o corpo. A cabeça. A alma. Precisava de desaparecer ao som de um estalar de dedos e re-aparecer noutro lado qualquer. Alguém consegue fazer isso? Por mim, por favor? Obrigado.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

vermelho

hoje o dia brilha, como se fosse verão. a luz entra pela minha sala e bate no tapete vermelho, o que dá um efeito giro. eu gosto de vermelho. e de azul. e do cheiro do mar, na praia. hoje sinto-me melhor. melhor, como quem acabou de dar uma dentada numa maçã sumarenta. como quem olha para um sorriso e uma gargalhada de um bébé. melhor como quem come o primeiro gelado do verão. sinto-me, assim, e hoje tenho uma camisola vermelha.

tapete_vermelho

sábado, 24 de novembro de 2007

sol

assusta-me o sol lá fora e eu não conseguir aproveitá-lo e não saber como e querer mas não conseguir e estar na varanda e sentir o calor e querer estar, e sentir. leva-me, arrasta-me, contigo, pode ser?

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

ser.... ou

há dias maus, e dias bons. hoje acordei triste e desiludido com o mundo. sensação que durou até agora. nem sei bem o que ando a fazer por aqui. não me sinto motivado. não me sinto. apetece-me não ser, só isso...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

quero

quero nadar em águas quentes, mergulhar de mãos dadas, passear pelo campo (que pode ser verde ou amarelo se acontecer no outono). quero ver um filme contigo, e chorar de alegria, quero andar de bicicleta. quero sentir amor. quero fazer amor. quero passear, andar, dançar, viajar. quero ver o céu azul. quero ser eu próprio. quero que sejas tu próprio. quero ser, poder, estar. quero ouvir música nova. quero ir ao teatro e à opera. quero sentir areia nos pés. quero sentir. quero passar as mãos pelo teu cabelo. quero olhar-te nos olhos. quero fazer-te uma massagem e quero que me digas que sabe bem. quero sentir-te descansado. quero sentir-te ao pé de mim mesmo quando não estás. quero poder estar contigo sem ser obrigado a dizer uma palavra. quero tudo e não quero nada. quero ouvir-te falar. opinar. quero poder dizer amo-te sem palavras. quero beber sangria nas ramblas. quero passear por paris ao fim da tarde. quero ir ao fim do mundo, e voltar. quero adormecer ao teu lado, quero acordar ao teu lado, quero um sumo de laranja e um café na cama. quero beijar-te e dizer-te tem um bom dia antes de saires de casa. quero sonhar acordado. quero continuar. sem parar. até...

não quero...

não quero sitios escuros nem pequeninos. não quero sítios onde não se percebe quem é quem. não quero aparecer na capa de uma revista nem numa fotografia de um lugar estranho. não quero saber o significado de estranho. não quero ser identificado com este ou aquele. estou farto de bares típicos e dos outros. não quero discotecas ondem o fumo se mistura com os olhares de engate. não quero rapazes vazios de ideias. não quero beijos que não significam nada. não quero sexo sem amor, não quero porque não consigo (desculpem lá). não quero pensar que tu me achas fútil/interessante. não quero pensar que tu me achas bom para foder, só porque te apetece.

olha os meus olhos, pode ser?

começo por abrir os olhos de manhã e sinto que estou cansado. ninguém acorda cansado. doi-me o corpo e a alma e não tenho ninguém ao lado. não. tenho. ninguém. posso passar a vida a pensar nisso e a escrever sobre isso, passar por invernos frios e sonhar com verões quentes, pensar em ti (não, é melhor não pensar em ti) pensar em alguém, sim, alguém, que olhe para mim e que olhe mesmo para mim, mesmo, com aqueles olhos que dizem tudo, e isso vai acontecer. essa pessoa não me vai perguntar o nome. nem a cor dos meus olhos. nem quantos anos tenho. nem se gosto de chocolate, ou de futebol. nem qual a cor do meu cabelo. nem me vai dizer que sou giro ou feio (ou qualquer coisa parecida com não és o meu tipo, percebes?). vai olhar para mim e vai dizer tudo em silêncio, vai sorrir, sim, sei que vai sorrir, e continuar a olhar para mim, e vai abrir os braços, e envolver-me, e vai dizer-me uma só palavra ao ouvido. e quando isso acontecer, tudo o resto muda, talvez aí possa sorrir e brincar, e saltar e dormir bem. e não acordar cansado. e então desapareço.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Kalabrese - Rumpelzirkus

Música de dança sabe bem às vezes e quando é boa sabe ainda melhor. É o que acontece com o állbum Rumpelzirkus. Here it is:

4756

http://www.myspace.com/kalaspatz

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

encontrei-te

hoje encontrei-te dentro de uma gaveta enquanto procurava fita cola, estavas alí, tudo o que eu tenho de ti, num cd gravado para sempre, tudo ou quase nada, porque aquele tudo é muito pouco, é só a superfície, imagem e voz, mas tu és mais, és quente e bonito, és um abraço, és um beijo.

peso

acordo cansado da vida e de ontem e do dia anterior, olheiras que se conseguem ver ao longe, não posso dizer que seja o peso da vida a fazer-me das suas, mas é o peso da solidão, sim, é isso. mas saboreio o café devagarinho para durar toda a manhã. tendo pensar que posso deixar de gostar de ti como podia deixar de gostar de café, já amanhã. mas acredita que não consigo, sabe tão bem...

opening night

a idade é uma coisa chata. é preciso lidar com isso principalmente quando os anos começam a passar. começa-se a pensar no que não se tem mais do que o que se tem, como antigamente. mas não tem de ser assim, não precisa. neste filme, realizado por john cassavettes, uma mulher, uma actriz, numa peça de teatro dentro do filme, enfrenta a velhice quando vê uma rapariga morrer diante de si, uma fan, que a adora. uma mulher perante a personagem que tem diante de si, uma mulher a envelhecer, os amores e desamores...

opening

nem por isso

nova vida ou nem por isso ou mais do mesmo ou nem por isso. ninguém me conhece. sou anónimo, posso dizer o que me vai na alma e em todo o lado. posso até dizer palavrões, se me apetecer, ou dizer que te amo até à exaustão (mesmo que canse). sim, agora posso ser o que eu bem entender. livre. (ou nem por isso)